Sem muitas mudanças no time do Flamengo

Cuca percebe carências, mas titulares não têm forte concorrência

A expressão fechada de Cuca após a entrevista coletiva contra o Boavista dizia muito sobre sua análise do elenco. Sem citar nomes, o técnico disse que ainda existem carências no grupo. Ou seja, mais uma evidência de que os titulares não têm sombras ameaçadoras sentadas no banco.
Cuca até afirmou que gostou da atuação de alguns jogadores que formaram o time misto naquela partida. Mas deu indícios de que setores como zaga, criação ofensiva e ataque ainda deixam a desejar.
Na lateral direita, Everton Silva, o destaque entre os reservas, não foi capaz de animá-lo ao ponto de Léo Moura perder a vaga.

– Ele foi bem, mas Léo Moura é excepcional – disse Cuca, para explicar que os titulares foram apenas poupados, e não serão sacados.

Mas não é apenas a lateral direita que tem um dono absoluto. Dificilmente um outro titular será barrado. Alguém acredita que Bruno, a dupla de zagueiros e Juan sairão? No meio, Ibson dificilmente perde a vaga para Kleberson ou Jônatas. Willians e Aírton têm maior confiança de Cuca do que Toró e Douglas.
Na parte ofensiva, o técnico ainda busca um meia de ligação com velocidade. Enquanto ele não chega, Zé Roberto e Marcelinho Paraíba seguem no time, às vezes jogando até como atacantes. Na frente, os gols de Josiel também não foram suficientes para deixar Obina no banco. E os outros atacantes tampouco animaram o treinador.
Para Léo Moura, nada disso é capaz de justificar a condição de insubstituível dos atuais titulares.
– Insubstituível não é uma palavra certa. Mas essa posição (titularidade) você conquista jogando, com o tempo. Quem começa agora também quer conquistar tudo isso. Também quer seu lugar e sabe que quem conquistou, lutoumuito. Além de tudo, o nome, hoje, conta muito – disse o lateral, para tentar explicar a sua confortável situação na Gávea.

– Consegui conquistar a confiança de todos os treinadores que passaram por aqui – disse Léo Moura.